sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Adeus,meus sonhos
Adeus,meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia.
Morreu na minha triste mocidade!

Misérrimo! Voltei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh’alma na terra agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.

Que me resta,meu Deus?Morra comigo.
A estrela de meus cândidos amores,
Já que não levo no meu peito morto.
Um punhado sequer de murchas flores!

(Álvarez de Azevedo)

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